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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Artigo sobre: "Processo de Abertura da América Latina"

As ditaduras na América Latina surgiram em meados do século XX pelo motivo de a famosa Guerra Fria estar ocorrendo. Na Guerra Fria, as duas grandes potências mundiais (Estados Unidos da América e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) tinham como objetivo expandir sua estrutura de economia pelo mundo. Os Estados Unidos traziam consigo o modo de produção Capitalista, e a União Soviética, o modo Socialista de se organizar economicamente. Além de expandir seu modo de produção, as duas potências tinham de se assegurar de que seus aliados não iriam trocar de lado. A Revolução Cubana causou um grande medo aos Estados Unidos por incentivar o comunismo na América Latina. Com o intuito de combater esse “perigo vermelho” os norte-americanos criaram conjuntamente com lideranças latino-americanas o programa “a Aliança para o Progresso”. Mesmo assim, grupos simpatizantes das ideias comunistas surgiram em vários países do continente. Contra esses, surgiram grupos mais conservadores, que eram fortemente apoiados pelos Estados Unidos, incentivadores de um golpe militar autoritário. Inúmeros golpes de Estado foram realizados na América Latina entre os anos de 1960 e 1970.
Além dos golpes possuírem apoio norte-americano, eles contaram com uma grande participação das populações dos países. Muitos acreditavam que com governos de caráter rigoroso e mediados pelos militares os perigos comunistas seriam eliminados. Movimentos de classe média impulsionaram as ditaduras com o objetivo de destruir o exemplo de Cuba. Portanto os apoios às ditaduras foram em sua maioria movimentos de elite. Até mesmo a Igreja Católica deu força a esses movimentos.
Havia uma competente comunicação entre os regimes militares na América e por isso foi possível de ser realizada a Operação Condor. Essa era uma união entre os regimes para uma melhor perseguição de esquerdistas que se localizavam no Cone Sul, independentemente de sua origem e nacionalidade. Muito foi feito a favor dos perseguidores dos “inimigos da ordem” como a censura aos meios de comunicação e a legalização da tortura. Em países como Chile, Brasil, Argentina Bolívia e Uruguai eram frequentes as prisões, os exílios e os desaparecimentos de pessoas suspeitas de implantar a ideia comunista.
Nesse período foi notado um grande crescimento econômico das nações as quais estavam sobre um regime militar. Contudo, os índices sociais não melhoraram nesses países pela falta de interesse dos regimes em fazer a classe mais humilde de sua nação crescer economicamente. Quem se beneficiou nesse período foram as camadas de classe média que teve um maior sucesso econômico.
No fim dos anos 70, com o aumento dos grupos de oposição, os governos militares começaram a mostrar maior fragilidade. A redemocratização estava aparecendo também em um cenário mundial. Com a derrota dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã, cresceram as ideologias contrárias aos governos autoritários da América Latina. As ditaduras latino-americanas tiveram fins distintos. No Brasil, os militares autores de violência e autoritarismo foram anistiados de seus atos com a Lei da Anistia. Já em outros países, como Chile e Argentina, os atos foram tratados como Terrorismo de Estado e seus responsáveis foram punidos pela sociedade civil.
          A partir disso se pode detalhar ainda mais algumas ditaduras e seus processos de abertura. No Brasil, foi um processo de desestabilização da estrutura do Regime Militar.  Inicia-se em 1974 com o governo do General Ernesto Geisel onde tinha como projeto uma “distensão lenta, segura e gradual” e termina em 1985 com o mandato de João Baptista Figueiredo, ano em que a ditadura militar é extinta. O País passava por uma crise econômica que se agravava a cada dia, os assassinatos e a violência se tornavam fatos cada vez mais frequentes na ditadura brasileira e com isso a população foi rejeitando esse regime. O processo de abertura se intensifica com o movimento das “Diretas Já” e chega ao seu objetivo completamente no ano de 1988 com a promulgação da Nova Constituição.
          No Chile, a ditadura se inicia em 1973 com um golpe de estado e tirando o presidente Salvador Allende do poder entrando Augusto Pinochet. Sua violenta e antidemocrática forma de governar de começou a gerar pressões contrárias de países e instituições internacionais, resultando em um isolamento internacional do país. A economia do país enfrentava problemas e as desigualdades sociais só haviam aumentado durante a ditadura. Além disso a população se demonstrava cada vez mais insatisfeita com o regime do Chile. Após um plebiscito, ocorrido em 1988, a população optou pela saída de Pinochet do poder, convocando eleições para o ano seguinte. Nessas, Patricio Aylwin foi eleito e a ditadura chilena se encerra no ano de 1990.
          Na Argentina, a ditadura começou com um golpe de estado, no ano de 1966, feito pelos militares e ficou conhecida como um dos governos mais autoritários da América Latina. Assim como nas outras ditaduras, os militares faziam esses golpes e governavam com o discurso de combater o comunismo de se tornava uma ameaça cada vez maior para esses países. Esse regime foi cruel e sangrento, a estimativa é de que aproximadamente 30 mil argentinos foram sequestrados pelos militares e além dessas marcas deixou também uma instabilidade econômica e social no pais, na qual a Argentina segue até hoje tentando apagar e lutar contra.
          Na Bolivia, após o golpe de estado, revoluções e os vários presidentes a abertura política só conseguiu se concretizar no ano de 1981. Os motivos que levaram a essa abertura foram as questões raciais e culturais que estavam sendo confrontadas e por isso no início dos anos 80 a última junta militar foi derrubada no pais dando lugar a uma democracia como forma de governo. Em seus 180 anos, a Bolívia viveu 97 anos sob mandatos de militares, 82 de civis e um sob a direção de juntas cívico-militares e por isso se encontra atualmente entre as cinco nações mais instáveis da América.
          Por fim temos a ditadura militar que ocorreu no Uruguai e durou de 1973 até 1985. É caracterizado pela proibição dos partidos políticos, pela ilegalização dos sindicatos e perseguição, tortura e execução de opositores ao regime. Sua abertura ocorre em 1985 e até hoje se pode ver rastros deixados por esse período vivido na história do país.
          Vendo alguns exemplos de ditaduras ocorridas na América Latina é possível ver que todas têm algo em comum e acabam se parecendo em muitos aspectos. Independente do país em que ocorreu todas contaram com inúmeros casos de morte por assassinato ou por tortura, assim como tiveram também muitas perseguições a aqueles que o governo considerava estar indo contra os princípios militares. Por esses motivos podem ser considerados por cada país como períodos de grande terror e que deixaram consequências e marcas muito ruins. Países como Argentina e Bolívia estão até hoje tentando reverter esses aspectos deixados pelas ditaduras, o que leva tempo e que mexe com muitas pessoas que tiveram parentes que passaram por isso.

Fontes:
http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/abertura-politica/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regime_militar_do_Chile#Legado
http://www.suapesquisa.com/historia/ditadura_chile.htm
http://www.infoescola.com/historia/ditadura-na-argentina/
http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2006/01/19/ult1766u14213.jhtm]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ditadura_civil-militar_no_Uruguai_(1973%E2%80%931985)

sábado, 25 de julho de 2015

Resenha sobre o filme "Selma: uma luta pela igualdade"


Lançado em 2014, dirigido por Ava DuVernay e escrito por Paul Webb, o filme retrata a luta de Martin Luther King e seus seguidores pelos direitos básicos que os negros ainda não tinham, como o voto. A falsa liberdade que eles tinham resultava ainda em muita violência por parte dos brancos e até do governo. Logo no começo temos dois exemplos de violência e preconceito: uma explosão que mata crianças negras, e uma cena muito chocante que mostra uma mulher tentando se cadastrar para ter direito ao voto, mas que recebe um tratamento ridículo e tem seu pedido negado, além de ter sido humilhada apenas por sua cor de pele.
Recém premiado com o Nobel da paz, em 1964, King, agora com mais influência e visibilidade, trata diretamente com o presidente Johnson sobre uma lei que poderia dar muito mais liberdade ao povo negro, mas o presidente foi claro ao dizer que existiam problemas mais importantes para serem resolvidos. Martin então, sabendo que no sul dos EUA existia ainda muito preconceito e violência, decide ir para lá e tentar mudar essa situação. Assim começam as manifestações.
Um grupo de manifestantes entra em um restaurante para se esconder da polícia que estava atacando, sem razão, um protesto pacifico. Depois de um tempo os guardas entram nessa lanchonete e agridem um homem velho com cassetete. Jemmie Lee Jackson, neto deste homem, tenta defender o avô e acaba sendo baleado e morto. Mesmo depois dessa tragédia King pede para que as pessoas não desistam, que continuem lutando por seus direitos.
Negros da cidade de Selma juntaram-se e caminharam com destino a Montgomery, capital do Alabama. Neste dia, foram surpreendidos com uma barreira policial impedindo de prosseguir com a manifestação. Os guardas foram autorizados a atacar os protestantes com cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo, fazendo todos recuarem. Muitos negros ficaram machucados e sem reação em meio a tanta violência contra pessoas indefesas. Diante dessa situação, Martin decide fazer um apelo e convidar não só negros, mas também, brancos que eram a favor do movimento trazendo assim mais visibilidade para a causa. Ao todo, as pessoas brancas eram 1/3 do total de participantes. Obviamente, a participação de pessoas não-negras chamou atenção do governo que até então se mantinha racista. Nesta marcha incluindo pessoas brancas e membros de igrejas, quando o povo chegou na mesma parte onde tinham sido atacados, a barreira se desfez. Martin, porém, decide recuar por medo de uma armadilha.
            Um tempo depois da marcha, um padre branco que apoiava a manifestação foi morto por outro residente branco preconceituoso que não aceitava o direito aos negros. Esse assassinato foi muito importante para a história pois chamou a atenção do presidente que ficou transtornado ao saber que um branco teria morrido pelos direitos dos negros. A partir daí a ideia da liberdade eleitoral começa a ser pensada com a devida importância, o movimento estava ficando cada vez mais abrangente e reconhecido. Pensando na segurança geral dos americanos, Lyndon Johnson (presidente) decide decretar uma lei permitindo o voto direto de cidadãos americanos de todas as raças.
            É chocante pensar que foi preciso um branco morrer pela causa para o governo dar a devida importância. O filme retrata uma realidade não muito distante da atualidade, tendo o papel de ilustrar o sofrimento que muitas pessoas tiveram que passar para garantir seus direitos. Esse longa-metragem deve ser visto por pessoas de todas as raças porque o preconceito racial é problema de todos. Além de se aprofundar no tema racismo, o filme conta a história de um dos homens mais importantes do mundo, Martin Luther King Jr. mudou milhões vidas e é um grande exemplo pois, apesar de todos os impedimentos, ele nunca deixou de lutar do jeito que podia. Já conhecíamos a figura de Martin mas o filme nos coloca no lugar dele e das pessoas que seguiam-no, cumprindo a tarefa de nos fazer refletir sobre o racismo tendo em vista os conflitos abordados. 

Daniel Oenning e Daniela Pedroso


 

                                                                     




sexta-feira, 24 de julho de 2015

Resenha sobre o filme "Hotel Ruanda"

     
Hotel Ruanda recebeu três indicações ao Oscar.
   "Hotel Ruanda" foi lançado em 2004, dirigido por Terry George, e conta a história de Paul Rusesabagina, gerente do Mille Collines, um hotel 4 estrelas em Kigali, capital de Ruanda. Contextualizado no período da 1ª Guerra de Ruanda, o filme retrata a dificuldade que os tutsis encontraram em se manter vivos quando os hutus assumiram o poder.
     Foi exatamente o antagonismo entre as etnias, forçadas pelos colonizadores a conviver dentro das mesmas fronteiras, que causou primordialmente todos esses conflitos.
      Quando a morte do presidente ruandês e hutu em um atentado aéreo é noticiada, logo seus partidários presumem que o ato foi culpa dos tutsis, que, de alguma maneira, estavam insatisfeitos com o acordo de paz assinado. Querendo vingança, os hutus começaram a matança. 
      Paul, mesmo sendo hutu, tem, a partir desse momento, o objetivo de proteger sua família e seus vizinhos, todos de origem contrária a sua. Ele usa a influência e contatos que possui para subornar o exército, impedindo que seus amigos sejam mortos. Com o assassinato de pessoas importantes na política, a confusão fica cada vez mais descontrolada. O hotel onde Paul trabalha parece ser o único lugar seguro, por ser propriedade de uma empresa belga. Portanto, é pra lá que os refugiados tutsis vão. A ONU é enviada, mas incapaz de estabelecer a paz, só poderia mantê-la. Assim, os ruandeses se sentem cada vez mais abandonados pelo apoio internacional, principalmente depois de exércitos europeus serem enviados para somente resgatarem os turistas.
      O número de mortos torna-se cada dia maior e, buscando deixar o país, algumas famílias que seguem a caminho da fronteira em um caminhão sofrem um ataque por causa da denúncia de um dos funcionários do hotel; Paul subornou o exército, mas a milícia Interahamwe, hutus extremistas, ainda era adepta a "limpeza" geral dos tutsis.
    Paul vai, gradativamente, se vendo mais desorientado. Entende que sua última oportunidade é usar de informações de fora para chantagear o General Bizumigo, o hutu no poder na época. Ele diz que os Estados Unidos o vê como principal causador da Guerra Civil que acontecia, mas que deporia a seu favor caso o protegesse. O General cede e o leva de volta à sua família, no Mille Collines. 
      Alguns ônibus com todos abrigados no hotel parte novamente para tentar chegar ao campo de refugiados, dessa vez, com acompanhamento da ONU e do Exército e, mesmo assim, sofre um ataque, rapidamente reprimido pelos rebeldes tutsis. A família de Paul e todos os outros chegam bem no campo de refugiados, encontrando, inclusive, com parentes desaparecidos. Rusesabagina foi o grande herói, tendo salvo mais de 1200 pessoas do genocídio em Ruanda.
      O filme retrata de maneira comercial a história verídica da Guerra de Ruanda, na qual duas etnias opostas sofrem pelas atrocidades que ocorreram no país em 1994, fazendo de tudo para salvar sua vida. O foco não apenas nas mortes em si, mas em uma família e em como isso a afetou, nos faz ter uma empatia maior com o filme e uma antipatia com todos aqueles que fizeram parte dessa catástrofe ou que não foram capazes de ajudar.

Luciana Timponi

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Resenha sobre o filme "A Outra História Americana'.


O filme "Outra história americana" relata uma história com destaque no preconceito, em especial o xenofóbico e racial. Derek, o personagem principal, é um americano que recebe influência de seu pai para não aceitar os negros. Quando seu pai morre, Derek segue à risca o que ele lhe dissera, porém muito radical liderando um grupo de neonazistas afim de "combater" os negros, que além de não serem nacionalistas estadunidenses, estão no país, segundo ele, a maioria de forma ilegal e tirando os empregos de quem é de fato americano (brancos). Uma noite, Derek que mora com sua mãe e três irmãos, é avisado por seu irmão que homens negros estavam roubando seu carro e, prontamente o rapaz se levanta armado e sai até a rua onde dispara contra os ladrões matando 2 deles. Em seguida a polícia chega e leva-o para três anos de prisão. Quando sai da cadeia, está com um pensamento muito diferente em relação ao que fazia, porém, ao voltar para sua casa vê que seu irmão o idolatra e que todas as pessoas que o seguiam antes de ser preso passaram a venerá-lo ainda mais por seu ato de homicídio. 
  Querendo se livrar dessa vida e proteger sua família, Derek vai a uma espécie de festa de boas-vindas onde estão todos esses seus "cúmplices" e acaba de forma radical dizendo que não faz mais parte daquilo e que não quer mais tais atitudes para sua vida. Os que até então o idolatravam passam a odiá-lo em questão de segundos e até o ameaçam de morte, Derek arranja uma brecha para fugir do local com seu irmão mais novo que até então também está odiando-o. Após conter um pouco a raiva de seu irmão, o mesmo pergunta a Derek o que aconteceu na prisão para mudar tanto seu pensamento e ele relata o que houve, ao chegar na prisão, se identificou de cara com o grupo de nazistas que lá havia, porém, com o passar do tempo, viu que as coisas não era bem assim, haviam "negócios" entre brancos com os outros "tipos" de grupos lá dentro, o que o deixa extremamente irritado a ponto de largar o grupo nazista na prisão. Após isso, o próprio ex-grupo dele acaba o estuprando no banheiro, onde ele percebe que realmente não interessa a raça e sim a pessoa. A partir desse acontecimento ele começa a se relacionar com seu companheiro de trabalho que é negro, se tornam muito amigos e ele acaba percebendo que mais nada aconteceu com ele na prisão devido a ajuda de seu amigo negro. Ao final da conversa os dois estão muito decididos a largar a vida que levavam e recomeçar tudo. Vão para casa e limpam todo o quarto que dividem, tirando imagens das paredes que faziam apologia ao nazismo e suásticas que estavam espalhadas por todo lado. Derek vai para o banho e chegar a se arrepender da tatuagem de suástica que tem no seu peito, porém não pode fazer nada. No dia seguinte, dispostos a viver uma nova vida, Derek leva seu irmão para a escola e depois pretende ir tentar recuperar seu emprego. Por seguir à risca o comportamento de Derek, seu irmão acaba criando inimigos negros dentro do próprio colégio e, nesse dia, pego de surpresa, é morto a tiros no banheiro por um desses estudantes negros. 
   Resumidamente, a história é essa, o filme evidencia diferentes tipos de preconceito e mostra-os não apenas superficialmente mas entra a fundo em detalhes. Podemos perceber o quão grave e até onde as diferenças levam os seres humanos a terem atitudes extremas pelo simples fato de, nesse filme, não possuírem a mesma cor e/ou nacionalidade. O diferencial é o rumo que a historia toma, Derek reabilita seus pensamentos na prisão, o que o faz querer largar a vida preconceituosa, porém, por ja ter contaminado seu irmão com seus ideais, acaba tendo a consequência da morte dele, indiretamente ou não, por sua culpa. A mensagem principal é que o ódio não leva a nada, que todos somos iguais e que a violência resolve de forma "rápida" mas completamente irracional os conflitos humanos. Quando Derek percebe isso já é tarde demais.

Manuela Paiva e Miguel Bilhar




quarta-feira, 22 de julho de 2015

Resenha sobre o filme ''Adeus, Sr. Pinochet - NO''

ADEUS, SR. PINOCHET  (NO), O FATO RETRATADO POR OLHOS DIFERENTES

     Lançado em 2012, o filme ''Adeus, Sr. Pinochet - NO'' de Pablo Larraín conta a história do plebiscito, de 1988, ocorrido no Chile, o que, em fatos verídicos, levaria à queda o ditador Augusto Pinochet. Representando esse fato histórico sob o olhar publicitário, a obra é baseada na peça do escritor chileno Antonio Skármeta (''El plebiscito'') e segue fielmente o que ocorreu na época, apresentando, inclusive, as propagandas eleitorais reais utilizadas no ocorrido.
       Ex-exilado, René Saavedra (Gael Garcia Bernal) é um jovem publicitário que recebe a proposta de realizar a campanha contra a ditadura imposta no Chile — a campanha do ''não'' —, no plebiscito que seria convocado por Pinochet por pressões exteriores. Primeiramente, René estranha a veracidade e a origem da proposta e ameaça não aceitá-la. Seu chefe, que por sua vez era importante pessoa na campanha do ''sim'', tenta convencê-lo de que a reforma não é precisa e então ele não teria que apoiá-la. Porém, sua ambição o conduz a contrariar seu diretor e ir adiante aceitando o desafio. Sabia, no entanto, que contaria com forte opressão de um governo totalitário.
     Logo que no comando da criação da campanha, René se pergunta como retratar 15 anos de repressão da ditadura em apenas 15 minutos estipulados pelo governo para a propaganda televisiva. O jovem escolhe o humor e criatividade para realizá-la, tentando, ao melhor modo publicitário de ser, esconder o que há de pior na situação em que o país se encontrava. Pessoas sorrindo e sendo felizes num lugar fantasioso compunham partes do videoclipe.  A campanha do sim, por sua vez, era fraca. Como o cotidiano do Chile da época não era uma boa propaganda por si só, a réplica à propaganda do ''não'' por parte do ''sim'' era simples: jogar em cima de pequenas brechas deixadas para trás pela campanha contrária. 
      Além de retratar o making of das propagandas, o filme enfatiza a violência proporcionada pelo governo para com o povo chileno. Dias antes da votação para o plebiscito, durante uma passeata política pacífica pelo ''não'', caminhões e tanques governamentais invadem o espaço designado ao povo e começam a atacar de modo desnecessário. Fato que seria um ''tiro no pé'', pois civis que não haviam escolhido seu voto agora escolheriam desencadeando em menos chances do governo se manter no poder.
       No dia da votação, cada lado em seu canto. A televisão fazia agora o papel de interlocução entre o destino do país e a população. A primeira parcial dos votos indica grande vantagem ao sim. Porém, o resultado que se consagra é o não. Um carnaval é feito por René e sua equipe de produção. O alívio finalmente havia chegado naquele país que suportava a pior de todas as ditaduras que aconteceram na América.
      Político, instigante e imprevisível, No é um filme que consegue passar fortemente uma base sobre o acontecimento no Chile e com total confiança, devido à utilização de conteúdo concreto e de vários flashbacks de cenas televisionadas que correram pelo mundo na época. Apesar de ter sido lançado em 2012, o filme consegue fazer o sujeito se sentir dentro dos anos 80 por causa do filtro —que nos remete à uma aparência vintage— aplicado à tela. A atenção que a obra pede é de suma importância para salientar as características antes ditas pois, após o começo do filme, é difícil pensar em qualquer coisa que não seja o que irá acontecer na próxima cena. Isso torna o filme mais chamativo visto que a obra é inconstante: não há como adivinhar o que virá na tomada a seguir.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Divisão Política do Brasil

O Brasil é dividido em 5 regiões, 27 unidades federativas e 5570 municípios.
- Norte: 7 estados. É a maior região, mas também é a menos povoada.
- Nordeste: 9 estados. É a segunda região com mais habitantes.
- Centro-Oeste: 3 estados e o Distrito Federal. É onde fica a capital Brasília, e é a região menos populosa.
- Sudeste: 4 estados. É a região mais desenvolvida economicamente, mais populosa e povoada.
- Sul: 3 estados. É a menor região brasileira, e também a mais influenciada por povos europeus, como os italianos e os alemães.
Nosso país é governado por um presidente, mas cada estado tem seu governador e 3 senadores.
Cada município tem seu prefeito, e o número de vereadores varia de acordo com o tamanho da população.
Os municípios são administrados pelos governos estaduais, que por sua vez estão subordinados ao governo federal.

Divisão Territorial do Brasil

     O Brasil foi divido territorialmente pelo IBGE de acordo com 6 regras:

Primeiro nível: O Brasil é um país continental, o primeiro nível representa o país todo. 
Segundo nível: O segundo nível é para fins de marketing, são as 5 regiões (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul).
Terceiro nível: É o nível analítico: Os estados, ao todo são 27 estados no Brasil.
Quarto nível: O quarto nível se dá em mesorregiões (subdivisões dos estados brasileiros que agrega várias cidades com similaridades econômicas), ao todo há 137 mesorregiões no Brasil.
Quinto nível: O quinto nível corresponde as microrregiões, que são subdivisões das mesorregiões, correspondem a 558 microrregiões. 
Sexto nível: O sexto nível corresponde aos municípios brasileiros, ao todo há cerca de 5570 municípios. 

Fonte: 
http://www.colegioweb.com.br/introducao-ao-estudo-da-geografia/divisao-politica-do-brasil.html

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Estado de Direito

    Estado de direito é quando o governante tem seu poder limitado pelas leis, que indicarão a forma de atuação do Estado, suas funções e limitações e a garantia dos direitos dos cidadãos. Fazendo assim, tanto os dirigentes, quanto seu povo, serem submetidos à Ordem Jurídica Vigente.
    Como as leis devem expressar a vontade dos cidadãos, torna-se senso comum a aceitação e cumprimento delas para que haja uma melhora na sociedade. Quando isso é quebrado, faz-se necessário, no estado de direito, um sistema tribunal forte, independente e imparcial, que julgue a todos da mesma forma. Ninguém está acima da lei. 
    No conceito histórico, o estado de direito surgiu quando a lei parou de ser simplesmente a vontade do governante. No Brasil, a primeira constituição, onde se delinearam os limites e regras para o exercício do poder, tornou todos submissos às leis.


Fonte
http://www.embaixada-americana.org.br/democracia/law.htm
http://www.jurisway.org.br/v2/pergunta.asp?idmodelo=6367

Constituição

Constituição é o conjunto de leis de um país ou de uma instituição. Ela tem o dever de regular e organizar o funcionamento do Estado, sendo a lei máxima que limita poderes e define os direitos e deveres dos cidadãos. É a lei mais “forte” e, sendo assim, nenhuma outra lei no país pode entrar em conflito com ela.
A constituição começou no Brasil no ano de 1924 quando Dom Pedro I, proclamador da independência, encomendou uma carta constitucional. Com essa atitude, o que Dom Pedro queria, na verdade, era manter o Brasil sob o domínio de seus colonizadores. Sem consultar previamente nenhum partido político ou assembleia, Dom Pedro outorga a primeira constituição do país.
Essa constituição possuía aspectos liberais e conservadores, porém Dom Pedro continuava sendo o imperador do Brasil e não cedia para as pequenas províncias a autonomia que os liberais tanto queriam. Ela declarava que o Brasil estava sob quatro poderes:
• Poder Legislativo: Responsáveis pela formação das leis do Império, eram formados por deputados e senadores, que possuíam cargo vitalício;
• Poder Executivo: Era chefiado pelo próprio imperador D. Pedro I e pelos ministros nomeados por ele;
• Poder Judiciário: Seu órgão máximo era o Supremo Tribunal de Justiça, e era composto por magistrados indicados pessoalmente pelo imperador, pessoas de sua confiança, formado por juízes de tribunais;
• Poder Moderador: Era responsável por vigiar as demais instâncias e possuía o poder de anular as decisões de quaisquer um dos outros três poderes, quem ficava responsável por exercer tal função era o próprio D. Pedro I.
A atual constituição do Brasil foi promulgada em 5 de outubro de 1988, estabelecendo o Brasil como um estado democrático de direito de estrutura federativa. Em 1993 foi realizado um plebiscito para que fosse determinada a forma de governo que seria monarquia ou república e o sistema de governo, podendo ser decidido entre presidencialismo e parlamentarismo. Foi confirmado o regime republicano e o presidencialismo que já existiam.

Parlamentarismo

    É um sistema em que o poder legislativo (o parlamento) sustenta o poder executivo, direta ou indiretamente. Surgiu na Inglaterra, e hoje é utilizado em países como Itália, Alemanha, Portugal, Islândia, Bélgica, Japão, Austrália, Egito e muitos outros.
    Comparando com o presidencialismo, por exemplo, é um sistema mais flexível e mais rápido. Em caso de alguma crise, o pimeiro-ministro (poder executivo) pode ser trocado ou até mesmo podem haver mudanças no próprio parlamento. Se fosse um sistema presidencialista, o presidente teria que cumprir seu mandato até o fim, independentemente de haver problemas ou não.
   O parlamentarismo se divide em duas formas de governo:
  - República Parlamentarista: nesse sistema o presidente raramente tem poderes executivos reais, ele pode ser eleito pelo voto do povo e por um tempo determinado, nomeado pelo Parlamento. Em alguns países o próprio parlamento elege o chefe de estado. Quem realmente governa é o primeiro ministro.

   - Monarquia parlamentarista: é marcado por um rei como chefe de estado que é decidido de forma hereditária, porém, esse não tem poderes executivos. Quem governa de fato é o primeiro-ministro, este é escolhido pelo parlamento.

Fonte: 
http://www.suapesquisa.com/o_que_e/parlamentarismo.htm

domingo, 3 de maio de 2015

Monarquia

        É o nome dado ao regime político comandado por um monarca (rei, imperador, príncipe, etc.) que exerce de modo hereditário e vitalício, sem qualquer consulta ao povo. Este monarca habita a Corte e tem o povo como súditos. A partir do momento em que o ser humano deixou de lado a vida de nômades e se instalou em um lugar praticando a agricultura e aos poucos estabelecendo cidades, virando assim sedentários, este regime teve seu início. Desse modo grupos restritos começaram a acumular riquezas e a criar um poder sobre os mais “pobres”, passando esse poder de forma hereditária. Uma forma de conservação de poder era a religião, onde o Monarca atribui a ele e a sua família uma “benção” através do mito do "direito divino", este dizia que Deus escolhia o rei para estar no poder, e este só era responsável perante Ele. Esse tipo de regime foi comum nos países da Europa durante a Idade Média e Moderna.
        A maioria dos regimes monárquicos que existiram eram absolutistas, onde o monarca exercia o poder executivo e legislativo, tendo como principal exemplo desse regime o rei Luís XIV com sua frase “o Estado sou eu”, porém nos dias de hoje, os que continuam existindo tiveram que deixar esse absolutismo de lado, sendo limitados pelos poderes do parlamento, surgindo assim as monarquias constitucionais ou parlamentares, onde existe um parlamento, eleito pelo povo, responsável pelo poder legislativo e o monarca fica responsável pelo normal funcionamento das instituições. Esse tipo de monarquia surge após a Revolução Francesa. Outra forma de monarquia é a eletiva, onde o monarca é eleito por votação e exerce cargo vitalício, sendo um exemplo disso o Papa.
        No Brasil a monarquia aconteceu entre os anos de 1822 e 1889, com os reinados de D. Pedro I e D. Pedro II, porém não foi aderida por outros. No ano de 1993 aconteceu um plebiscito sobre a forma e o sistema de governo do país, no qual os eleitores deveriam decidir se seria exercido um sistema republicano ou monarquista, onde foi decidido pela república.

Fontes:

Autocracia

    Autocracia vem do grego, onde autos (por si próprio) e kratos (poder); o poder por si próprio. É uma forma de governo onde há apenas uma pessoa, comitê, partido ou assembleia possuindo o poder político. Quando se trata de somente um líder, o consentimento de outros membros ou do povo é totalmente ignorado.
    A autocracia pode ser restrita ou ampla. No primeiro caso, o autocrata é visto como detentor de um poder supremo e ilimitado concedido por Deus. Já o sentido amplo designa um poder ilimitado e absoluto que exerce apenas a função de governante.
   Vale ressaltar que nem sempre uma monarquia é uma autocracia. Essa correlação não funciona em todos os casos, porque os monarcas, em geral, são amparados por uma equipe administrativa. Uma monarquia se torna autocrata quando é absolutista, onde há poder político absoluto do rei ou imperador e as manifestações de qualquer outro órgão da administração são inválidas. Uma autocracia também não deve ser vista como sinônimo de regime autoritário ou totalitário, que são formas de exercício de poder e não tem, necessariamente, uma origem legítima.  
   No sentido histórico, refere-se ao Império Bizantino, em que o imperador se denominava autocrator. Ocorreu na Rússia da ideologia imperial de Bizâncio, mas nunca no Brasil.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Esquerda e Direita

   Os termos “esquerda e direita” podem ser conceituados como maneiras de dirigir um governo, na qual são extremamente opostas. Ambos termos foram criados durante a Revolução Francesa e o império de Napoleão Bonaparte, na qual os membros da assembleia resolveram se dividir em grupos: os que sentavam a esquerda e a direita de Napoleão. Aqueles que ficavam a direita se diziam fiéis ao Imperador e a religião, no outro lado, quem era oposto a isso. 
   Após 1848, os principais campos opostos viraram o democrático (direita), socialista (esquerda) e os constitucionais no centro. Assim, com o tempo foi criada a “régua ideológica”:

EXTREMA-ESQUERDA | ESQUERDA | CENTRO-ESQUERDA | CENTRO | CENTRO-DIREITA | DIREITA | EXTREMA-DIREITA

    Depois da queda do Muro de Berlim, os termos “esquerda e direita” sofreram grandes mudanças, o que ficava muito claro, tendo em vista o mundo polarizado em esquerda (socialismo) x direita (capitalismo). Com o fim da Guera Fria, essa oposição passou a ficar confusa, muitos “esquerdistas” acabaram migrando pra direita e vice-versa. Os termos atualmente já estão bastante ultrapassados para definir a diversidade política, sendo cada vez menos relevantes.
   O Brasil atualmente possui um governo de esquerda, liderado pelo PT (Partido dos Trabalhadores).

Fonte: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esquerda_e_direita_%28pol%C3%ADtica%29

Posição x Oposição

Também conhecido como Situação e Oposição, um vai contra o outro. Consiste em saber se a tua opinião é a favor ou contra o governo. Cada pessoa deve ter sua opinião política. Como o nosso país vive um sistema multipartidário, é normal que exista muita oposição, pelo fato de haver muitas opiniões diferentes sobre como governar nosso país.
Ao contrário do que muitos pensam, é muito importante e benéfico para o nosso país haver oposição, pois sem isso talvez o governo não saberia o que deve ser mudado. Se houvesse mais diálogo entre os partidos opostos, com certeza teríamos um país melhor, pois cada lado traria suas ideias e avançaríamos muitos em todas as áreas.
É impossível dizer que lado está certo, só é importante saber que um precisa do outro para se complementar e governar melhor.


Fonte: 
http://www.joaquimnabuco.edu.br/artigo/exibir/cid/10/nid/553/fid/1

Democracia

Democracia (do grego demos, "povo", e kratos, "autoridade") nasceu em Atenas com sua ideia direta, ou seja, todos cidadãos se reuniam para discutir o seu futuro. Os cidadãos eram apenas homens livres nascidos em Atenas. Com o crescimento da população, a democracia se tornou representativa. Agora, os cidadãos escolhem seus representantes para realizar as decisões necessárias. Esse modelo foi muito utilizado pela Roma antiga e é o atual modelo político do Brasil. 

Nos EUA, o termo "República" é muito utilizado para designar o termo de democracia representativa. Esse conceito é muito baseado na filosofia de Aristóteles. O termo "democracia" é utilizado por muitos cientistas políticos como um governo que atua em favor do povo. O comunismo acredita que a democracia é democrática, pois existe uma dominância de classes e uma grande influência da mídia que impossibilita o povo de tomar sua real decisão. 

As características da democracia são a liberdade individual; a igualdade perante a lei sem distinção de sexo, raça e credo; o direito ao voto; a educação; e o direito ao livre exercício de qualquer trabalho ou profissão.

Fonte: 
http://www.infoescola.com/sociologia/democracia/

Por que e de onde?

     Para explicar o porquê da política e seu surgimento, vamos ao velho mundo. Como todos nós sabemos, a Grécia e seus filósofos foram os ''criadores'' desta ciência. Como o seu povo vivia em estados menores do que o normal à antiga época, as pessoas se interessavam mais pela organização de seu território. Avançados em relação à inteligência ao resto do mundo, os gregos entendiam que não poderiam ser dominados pela normal tirania estabelecida nos outros países, se especializando nos assuntos políticos e discutindo-os arduamente como se fosse para com a sua família. Na teimosia gregoriana surge o principal mecanismo de sustentação de um estado utilizado atualmente.

Fonte: 
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/politica/democracia.htm

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Mas, afinal, o que é política?

     Política é a ciência da governança de um Estado ou Nação e também uma arte de negociação para compatibilizar interesses. A palavra “política” surgiu do grego “politéia” e era usada para se referir a qualquer coisa relacionada à polis, a cidade-estado da época, e à vida em coletividade. A política está relacionada diretamente com a vida em sociedade, no sentido de fazer com que cada indivíduo expresse suas diferenças e conflitos sem que isso seja transformado em um caos social.Na ciência política, trata-se da forma de atuação de um governo em relação a determinados temas sociais e econômicos de interesse público: política educacional, política de segurança, política salarial, política habitacional, política ambiental, etc.
     Fonte: 
     http://www.turminha.mpf.mp.br/eleicoes/o-que-e-politica-1