Hotel Ruanda recebeu três indicações ao Oscar. |
Foi exatamente o antagonismo entre as etnias, forçadas pelos colonizadores a conviver dentro das mesmas fronteiras, que causou primordialmente todos esses conflitos.
Quando a morte do presidente ruandês e hutu em um atentado aéreo é noticiada, logo seus partidários presumem que o ato foi culpa dos tutsis, que, de alguma maneira, estavam insatisfeitos com o acordo de paz assinado. Querendo vingança, os hutus começaram a matança.
Paul, mesmo sendo hutu, tem, a partir desse momento, o objetivo de proteger sua família e seus vizinhos, todos de origem contrária a sua. Ele usa a influência e contatos que possui para subornar o exército, impedindo que seus amigos sejam mortos. Com o assassinato de pessoas importantes na política, a confusão fica cada vez mais descontrolada. O hotel onde Paul trabalha parece ser o único lugar seguro, por ser propriedade de uma empresa belga. Portanto, é pra lá que os refugiados tutsis vão. A ONU é enviada, mas incapaz de estabelecer a paz, só poderia mantê-la. Assim, os ruandeses se sentem cada vez mais abandonados pelo apoio internacional, principalmente depois de exércitos europeus serem enviados para somente resgatarem os turistas.
O número de mortos torna-se cada dia maior e, buscando deixar o país, algumas famílias que seguem a caminho da fronteira em um caminhão sofrem um ataque por causa da denúncia de um dos funcionários do hotel; Paul subornou o exército, mas a milícia Interahamwe, hutus extremistas, ainda era adepta a "limpeza" geral dos tutsis.
Paul vai, gradativamente, se vendo mais desorientado. Entende que sua última oportunidade é usar de informações de fora para chantagear o General Bizumigo, o hutu no poder na época. Ele diz que os Estados Unidos o vê como principal causador da Guerra Civil que acontecia, mas que deporia a seu favor caso o protegesse. O General cede e o leva de volta à sua família, no Mille Collines.
Alguns ônibus com todos abrigados no hotel parte novamente para tentar chegar ao campo de refugiados, dessa vez, com acompanhamento da ONU e do Exército e, mesmo assim, sofre um ataque, rapidamente reprimido pelos rebeldes tutsis. A família de Paul e todos os outros chegam bem no campo de refugiados, encontrando, inclusive, com parentes desaparecidos. Rusesabagina foi o grande herói, tendo salvo mais de 1200 pessoas do genocídio em Ruanda.
O filme retrata de maneira comercial a história verídica da Guerra de Ruanda, na qual duas etnias opostas sofrem pelas atrocidades que ocorreram no país em 1994, fazendo de tudo para salvar sua vida. O foco não apenas nas mortes em si, mas em uma família e em como isso a afetou, nos faz ter uma empatia maior com o filme e uma antipatia com todos aqueles que fizeram parte dessa catástrofe ou que não foram capazes de ajudar.
Luciana Timponi
Muito bom Luciana. Parabéns pela resenha. Gostaria de acrescentar a falta de humanidade nas relações internacionais. Que afinal, consideram relações económicas como moeda de troca para ativar ações de protecção e defesa. Obrigada. Espero que seu aprofundamento de politica te faca uma cidadã consciente e atuante em defesa do povo r que seja para o povo.
ResponderExcluirMuito bom Luciana. Parabéns pela resenha. Gostaria de acrescentar a falta de humanidade nas relações internacionais. Que afinal, consideram relações económicas como moeda de troca para ativar ações de protecção e defesa. Obrigada. Espero que seu aprofundamento de politica te faca uma cidadã consciente e atuante em defesa do povo r que seja para o povo.
ResponderExcluirExcelente filme
ResponderExcluirPARABÉNS!
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